Por Pablo Gonzalez.
O diretor financeiro da YPF, Daniel González Casartelli, encabeça uma lista de pré-seleção de candidatos para o cargo de CEO provisório da maior empresa da Argentina, segundo três pessoas com conhecimento da situação.
González, ex-executivo do Bank of America, está no topo de uma lista que inclui Jesús Grande e Carlos Alfonsi, disseram as fontes, que solicitaram o anonimato porque a decisão precisa ser confirmada pelo presidente da Argentina, Mauricio Macri. Os outros dois candidatos dirigem hoje a divisão de exploração e produção da YPF e suas unidades de refino e marketing, respectivamente.
O governo Macri procura uma nova liderança para a petrolífera, que foi nacionalizada em 2012. O atual presidente do conselho e CEO, Miguel Galuccio, pedirá afastamento dos dois cargos em uma assembleia de acionistas em abril, informou a empresa neste mês. O governo separará as funções de CEO e presidente do conselho da companhia, que contabilizou prejuízo de 1,7 bilhão de pesos (US$ 115 milhões) no quarto trimestre de 2015, marcando o primeiro resultado líquido negativo em pelo menos uma década.
Se aprovado por Macri, González, 46 anos, será nomeado CEO provisório enquanto a empresa completa uma campanha de recrutamento de 90 dias para achar um substituto permanente. Espera-se que ele tente ficar no cargo de CEO, disseram as fontes.
Por e-mail, González se recusou a comentar. A YPF e o Ministério de Energia e Mineração também não quiseram comentar.
González, ex-integrante do conselho da Pegasus Venture Capital, conta com o apoio do coordenador do gabinete de Macri, Mario Quintana, que foi fundador e CEO da Pegasus, disseram duas das fontes. González é formado em Administração de Empresas pela Universidade Católica Argentina e frequentou a escola de ensino médio Cardenal Newman em Buenos Aires, onde também estudaram Macri e o ministro da Fazenda, Alfonso Prat-Gay.
Guillermo Pereyra, líder sindical de trabalhadores petroleiros e senador pela região onde se encontra o maior depósito de xisto da YPF, tem pressionado para que Macri nomeie um CEO com conhecimento do setor em vez de um especialista em finanças.
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