Por Aline Oyamada.
A Petrobras não perdeu tempo na exploração da queda em seus custos de empréstimos seguida da chegada do novo CEO Pedro Parente. No dia 7 de junho, a estatal de petróleo brasileira vendeu mais US$ 3 bilhões em títulos com vencimento em 2021 e 2026 por yields mais baixos do que os da emissão original, no dia 17 de maio.
O US$ 1,75 bilhão em notas com vencimento em 2021 foram vendidos com um rendimento de 7,875% abaixo dos 8,625% na venda original de 23 de maio. O outro US$ 1,25 bilhão em notas com vencimento em 2026 foi precificado com um rendimento de 8,75 %, menos que os 9% de maio. Os rendimentos líquidos da venda serão usados para recomprar US$ 3 bilhões em notas mais antigas na oferta de aquisição, ante a meta anterior de US$ 2 bilhões.
Os investidores estão apostando que Parente, que foi presidente da unidade brasileira da gigante de agronegócios Bunge entre 2010 e 2014, ajudará a liderar uma reviravolta depois que a Petrobras foi pega no maior escândalo de corrupção do país. O preço da ação da companhia aumentou mais de 50% nos últimos seis meses.
Na sua cerimônia de posse em 1º de junho, Parente disse que não haverá mais interferência política e que decisões sobre o preço do combustível serão feitas com base nos interesses da companhia. A produtora de petróleo mais endividada do mundo viu sua divisão de refinamento ter perdas da ordem de dezenas de bilhões de dólares durante o boom das commodities por ter vendido gasolina e diesel com prejuízo como parte de um plano do governo para conter a inflação.
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