Venezuela: Swap de bonds da PDVSA pode acelerar a dívida em pelo menos 50%

Por Ralph Cope.

A PDVSA terá que pagar um grande prêmio para persuadir os detentores de títulos de dívida a aceitarem ativos com vencimento em 2024 como pagamento pelos bônus com vencimento em 2016 e 2017, é o que mostram os dados da Bloomberg.

Um swap de dívida certamente reduz o risco de default para os próximos 12 meses. No entanto, isso teria pouco impacto para melhorar a saúde financeira de longo prazo, porque o valor presente líquido das maturidades de 2016 e 2017 inflaria em ao menos 50%.

A valor presente, a PDVSA deve aos investidores US$ 11,9 bilhões em juros e principal até o fim do próximo ano. Dado o substancial desconto pelo qual esses bonds estão sendo negociados, o valor de mercado está perto de US$ 6 bilhões.

Se a PDVSA fosse ampliar o vencimento dessas obrigações por oito anos, para 2024, por meio de um swap de bonds, o valor presente líquido dessas obrigações saltaria para pelo menos US$ 18 bilhões. Isso tem como base onde os 6% da PDVSA de 16 de maio de 2024 negociaram em 9 de agosto.

Os novos bonds teriam que ser ao menos tão atrativos quanto os de 2024, que precificaram um yield de 26,75% em 9 de agosto.

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Cada ponto porcentual adicional acima de 26,75% que os investidores demandam para aceitar os termos do swap acrescentariam pelo menos US$ 450 milhões ao valor presente da nova obrigação. Isso é baseado na curva de swap do índice overnight da Fed Funds, para calcular o valor presente do fluxo de caixa semianual.

Apesar do custo, investidores receberam com otimismo a possibilidade de um acordo. A probabilidade de a PDVSA dar um calote nos próximos 12 meses caiu para 53,5%, de 60,5% em julho, após o ministro do Petróleo Eulogio del Pino dizer que a companhia está em negociações avançadas para refinanciar a dívida com vencimento nos próximos 18 meses. O cálculo da probabilidade de default é feito usando o modelo da Bloomberg, com um nível de swap de crédito de 6,784 pontos-base e uma taxa de recuperação de 25%. Mesmo uma queda nos preços do petróleo não amenizam o otimismo para uma troca de bônus.

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Nota: um assessor de imprensa da PDVSA, que pediu para não ser identificado por questões de política da empresa, declinou comentar sobre o swap de dívida quando contatado pela Bloomberg News em 8 de agosto. O ministro do Petróleo Eulogio Del Pino fará uma declaração oficial sobre o assunto em breve, a assessoria de imprensa afirmou, sem definir um período de tempo.

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