Por Manuel Baigorri.
A Sanofi contratou bancos para assessorá-la em relação aos planos de vender seus ativos de genéricos, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. A farmacêutica francesa deseja otimizar seu portfólio e levantar dinheiro para possíveis aquisições, afirmam.
A Sanofi contratou os bancos Rothschild, JPMorgan e Morgan Stanley para ajudá-la a encontrar um comprador para os ativos, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as deliberações são privadas. As operações, que incluem mercados na Europa Ocidental e no Leste Europeu, podem estar avaliadas entre 2 bilhões de euros (US$ 2,2 bilhões) e 2,5 bilhões de euros e atrair o interesse de outras farmacêuticas e de empresas de private equity, disseram as pessoas.
A companhia pode manter os genéricos em mercados emergentes importantes, como Rússia e Turquia, disseram as pessoas. O processo de venda pode ser iniciado apenas no segundo semestre porque a empresa precisa de mais tempo para trabalhar com os consultores na venda, disseram as pessoas. Nenhuma decisão final foi tomada e a Sanofi ainda pode decidir manter as operações, disseram. Representantes da Sanofi e dos bancos Rothschild, JPMorgan e Morgan Stanley preferiram não comentar.
A Sanofi informou em outubro que estudava vender a unidade nos próximos dois anos. O desinvestimento faria parte de uma jogada mais ampla do CEO Olivier Brandicourt para concentrar recursos em biotecnologia e em novos medicamentos.
Os planos da Sanofi agitaram os sindicatos, que disseram que planejam protestar contra as medidas da segunda maior empresa do país. Os desinvestimentos representariam um “desastre industrial” para a França, disseram grupos de trabalhadores na porta da sede da empresa, em Paris, no mês passado.
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