Por Alex Sherman, Scott Moritz e Alex Barinka.
A AT&T está trabalhando com assessores sobre uma possível oferta pública de seus ativos latino-americanos de televisão por assinatura, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto, possivelmente obtendo fundos para reduzir a dívida de sua aquisição planejada da Time Warner.
A maior empresa de televisão por assinatura dos EUA não tomou uma decisão final sobre o que fazer com os negócios, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as deliberações são privadas. A AT&T não manteve conversações com potenciais compradores para vender as operações, disseram as pessoas.
O mercado público poderia avaliar as empresas entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões, dependendo de quais ativos sejam incluídos, disse uma pessoa. A AT&T usaria o produto para ajudar a pagar dívidas após a aquisição da Time Warner, por US$ 85,4 bilhões. A empresa havia informado que esse acordo deve ser fechado até o final do ano. A dívida total da AT&T aumentará para pelo menos US$ 180 bilhões quando a aquisição da Time Warner for concluída.
Um porta-voz da AT&T não quis comentar.
Desde que a AT&T adquiriu a DirecTV por US$ 48,5 bilhões em 2015, a gigante de telefonia e TV dos EUA tem tido uma postura ambivalente em relação aos ativos latino-americanos que vieram com o acordo. Essas empresas incluem serviços de TV via satélite no Caribe e em países da América do Sul, da Colômbia à Argentina, além de uma participação de 93 por cento na Sky Brasil e de uma participação de 41 por cento na Sky México.
Os executivos da AT&T falaram algumas vezes sobre usar as várias operações de TV na América Latina como forma de ampliar o alcance de parte de sua programação futura da Time Warner. Mas, ao mesmo tempo, alguns dos governos e economias de países como a Venezuela e o Brasil apresentaram obstáculos.
O foco principal da AT&T tem sido se preparar para integrar o negócio de mídia da Time Warner, automatizando sua própria rede de telefonia fixa e desenvolvendo uma nova rede sem fio 5G, enquanto continuava expandindo o serviço de telefonia móvel no México. Como os ativos latino-americanos de TV não são essenciais, a AT&T poderia considerar atraente a opção de vender esses negócios ou abrir o capital deles para fortalecer seu balanço.
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