Por Giles Turner.
O Facebook contratará 800 novos funcionários em Londres, expandindo sua sede do Reino Unido apesar do crescente escrutínio dos parlamentares do país.
Os novos contratados — predominantemente para funções de engenharia e a serem recrutados no ano que vem — elevarão a 2.300 o número de funcionários a serviço do Facebook no Reino Unido. A empresa de redes sociais também oferecerá espaço em seu novo escritório para startups britânicas como parte de um programa acelerador, anunciou a empresa nesta segunda-feira.
A expansão do Facebook surge em um momento em que o Reino Unido está tão alarmado com a extensão e a escala da interferência russa na política britânica por meio das redes sociais que seus parlamentares se preparam para interrogar gigantes do Vale do Silício — incluindo Facebook e Twitter — em Washington.
O Facebook se une a uma série de grandes empresas de tecnologia que estão reforçando sua presença em Londres apesar da incerteza atual em relação à saída do Reino Unido da União Europeia.
“O fato de empresas inovadoras como Facebook investirem aqui é um sinal de confiança no nosso país”, disse o chanceler britânico, Philip Hammond, em comunicado.
Londres será o maior polo de engenharia do Facebook fora dos EUA, segundo o comunicado.
O Reino Unido atualmente está fazendo um lobby forte por talentos em tecnologia. O governo planeja dobrar o número de vistos disponibilizados para trabalhadores altamente qualificados, incluindo candidatos especializados em tecnologia. Facebook, Snap e Google anunciaram planos de ampliar as contratações no Reino Unido e a Apple está alugando cerca de 46.000 metros quadrados de espaço de escritório na Battersea Power Station, na margem sul do rio Tâmisa, em Londres.
Entre os países europeus, o Reino Unido se mostra o mais pessimista em relação ao futuro da indústria da tecnologia europeia, segundo relatório da semana passada da firma de capital de risco Atomico, com sede em Londres. Cerca de 18 por cento dos entrevistados — entre os quais milhares de fundadores e investidores — afirmaram que estão menos otimistas do que um ano antes. Nos últimos 12 meses, também ficou mais difícil para as startups britânicas levantar novos recursos, segundo 32 por cento dos fundadores indagados.
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