Por Winnie Zhu.
O cobre caminha para seu maior período de valorização em quase três décadas. A tonelada do metal chegou a ultrapassar US$ 7.300 em Londres. A expectativa de maior demanda, problemas com a oferta na China e a depreciação do dólar ajudaram a elevar a cotação no final de um ano em que os metais definiram o ritmo do mercado de commodities.
O contrato para entrega em três meses chegou a subir 1 por cento para US$ 7.312,50 na Bolsa de Metais de Londres, o maior nível desde janeiro de 2014. O preço do cobre avançou por 10 dias consecutivos e deve atingir a sequência mais longa de ganhos desde 1989, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Outros metais também se valorizaram. A tonelada do alumínio chegou a US$ 2.275, o maior preço desde 2012.
Os metais de base proporcionaram as maiores taxas de retorno do mercado de matérias-primas em 2017. Cobre, alumínio, zinco e níquel lideraram os ganhos do Bloomberg Commodity Index. O avanço foi puxado pela melhora da perspectiva para a demanda global e por problemas na oferta, incluindo a paralisação de fábricas na China para combater a poluição. A desvalorização do dólar pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira também deu suporte aos preços dos metais.
“A fraqueza do dólar e a volta dos fundos após a parada para o Natal estão ampliando a disparada dos metais, alimentando o sentimento de otimismo”, disse Xu Maili, analista da Everbright Futures em Xangai. O LMEX Index, que acompanha os seis principais metais, teve na quarta-feira seu nono dia consecutivo de alta.
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