Por Katia Porzecanski com a colaboração de Julia Leite e Andres R. Martinez.
Com US$ 1,5 bilhão em ativos sob gestão, a Bienville Capital Management registrou lucros de dois dígitos nos fundos focados no Brasil e na Argentina, de acordo com uma pessoa com conhecimento dos dados.
O Brazil Opportunities Fund, que começou a operar em agosto de 2016 e investe em ações e papéis de dívida, ganhou 17,2 por cento em 2017, disse a pessoa, que pediu anonimato porque o assunto é privado. O segundo fundo Argentina Opportunities, que iniciou operações em abril, teve ganhos de 13,3 cento até o fim do ano, segundo a mesma pessoa. Os clientes que fizeram a rolagem do primeiro fundo da Bienville focado na Argentina – desmontado em 2017 porque atingiu a meta de retorno dois anos antes do previsto – para o segundo fundo embolsaram 39,3 por cento no ano passado.
Os ativos brasileiros dispararam em 2017 com os esforços do governo para reduzir o déficit das contas públicas e a retomada da atividade econômica. O embalo continua em 2018, mesmo após o rebaixamento da nota de crédito soberano pela S&P Global Ratings porque a reforma da previdência não foi saiu. Na Argentina, os mercados subiram com o sucesso do partido do presidente Mauricio Macri nas eleições, dando a ele o apoio necessário para aprovar novas leis trabalhistas e tributárias.
Fundos de hedge focados na América Latina ganharam em média 17 por cento no ano passado, enquanto o segmento como um todo gerou retorno aproximado de 6,5 por cento ponderado pelos ativos, de acordo com a Hedge Fund Research.
A Bienville, sediada em Nova York, está captando recursos para um novo fundo global que vai investir nas melhores ideias da instituição, segundo outra pessoa familiarizada com o projeto. Um representante da empresa em Nova York não quis comentar sobre os resultados e novos fundos.
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