Por Sabrina Valle.
A Sigma Lithium Resources, empresa canadense com operações no Brasil, está se preparando para abrir capital em março em Toronto. A empresa quer levantar recursos para iniciar produção de lítio, metal usado em baterias recarregáveis, no ano que vem, antes que chegue ao mercado um volume grande de produção esperado para vir do Chile.
A Sigma está planejando uma aquisição reversa (RTO, na sigla em inglês) que é um porta para a listagem de ações nas quais uma empresa privada compra uma empresa de capital aberto, evitando as taxas associadas a uma oferta pública inicial.
A Sigma quer arrecadar inicialmente de C$ 25 milhões (US$ 20 milhões) a C$ 30 milhões, e um total de C$ 85 milhões este ano, como parte de um plano para começar a produção em 2019, a diretora da Sigma Ana Cabral disse em uma entrevista por telefone. A empresa procura se beneficiar dos preços recordes causados pela crescente demanda de baterias de lítio-íon usadas em veículos elétricos. Os preços podem começar a diminuir em alguns anos, depois que a Soc. Química & Minera do Chile obteve aval em janeiro para ampliar a produção.
“Com alta demanda de carros elétricos, há uma escassez de lítio”, disse Cabral, de Toronto, onde está em road-show. “Até o Chile aumentar a produção em 2023, 2024, essa escassez pode continuar. Quem tem reservas de lítio agora tem vantagem para negociar.”
Após a aquisição reversa, a Sigma planeja ter um free-float de cerca de 15%. A precificação da ação está prevista para a segunda semana de março, disse Cabral.
Hoje, 80% da empresa é da empresa brasileira de investimentos A-10, com executivos da Sigma proprietários do resto. Após a aquisição reversa, a A-10 provavelmente manterá 65%, os executivos da Sigma, 10%, e um grupo canadense que já comprou debêntures teria 8%, disse Cabral.
Entre em contato conosco e assine nosso serviço Bloomberg Professional.