Por Srinivasan Sivabalan.
Ultimamente as perdas não se concentram apenas em ações de empresas de tecnologia de mercados emergentes. O que vem ocorrendo é uma grande rotação, com o dinheiro saindo de ações cíclicas e entrando em ações de setores considerados defensivos.
Companhias cuja sorte é profundamente dependente do crescimento econômico — fabricantes de autopeças, por exemplo — caíram na preferência dos investidores no último mês e as que não dependem tanto dos ciclos econômicos ocuparam o lugar delas.
A última onda de perdas nos mercados desenvolvidos é puxada pelas ações de tecnologia. Nos emergentes, as quedas são mais amplas. Embora ainda haja otimismo em relação às perspectivas de longo prazo das nações em desenvolvimento, os investidores reconhecem a volta da volatilidade e têm feito operações para proteger suas aplicações.
Isso criou um cenário de velocidades distintas no mercado acionário. Os melhores desempenhos do último mês ficaram por conta de distribuidoras de eletricidade, companhias de saúde e fabricantes de produtos de consumo básico, entre outras. Instituições financeiras, fabricantes de produtos de consumo discricionário e produtoras de commodities amargaram as maiores quedas.
Há evidências de que o fenômeno é de curto prazo.
Gestoras de recursos como UBS Group e Aviva Investors informaram que estão fazendo ajustes táticos em suas carteiras, aplicando uma dose de cautela mesmo tendo uma visão geral de otimismo. É a resposta dessas instituições às oscilações do primeiro trimestre, que deixaram as bolsas sem direção clara.
Entre em contato conosco e assine nosso serviço Bloomberg Professional.