Por Mark Burton.
O cobre caiu para menos de US$ 6.000 em meio à alta do dólar e à queda das ações devido ao temor dos investidores com a possibilidade de a crise turca se espalhar pelos mercados emergentes, prejudicando a demanda já ameaçada por uma guerra comercial entre os EUA e a China. Outros metais, além do petróleo e do ouro, também recuaram.
O preço do cobre caiu 1,9 por cento, para US$ 5.928 a tonelada, menor nível desde julho do ano passado, quando parecia que a BHP Billiton e o principal sindicato de sua gigantesca mina no Chile evitariam uma greve paralisante com negociações mediadas pelo governo. O zinco perdeu 2,2 por cento, atingindo o menor preço desde 2016, e o petróleo e o ouro caíram 0,5 por cento.
As commodities têm sido prejudicadas pelo agravamento das tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, pelo temor de que a briga afete o crescimento da China, a maior consumidora de matérias-primas, e pelas crescentes taxas de juros dos EUA, que têm fortalecido o dólar e tirado dinheiro dos mercados emergentes. O Bloomberg Commodity Index perdeu 9 por cento em relação a um pico recente registrado em maio.
O ouro, normalmente visto como refúgio em épocas de turbulência, caiu 0,6 por cento nesta quarta-feira, para US$ 1.186,58 a onça, menor patamar desde janeiro do ano passado, e a platina atingiu o menor preço em quase uma década.
Uma onda de vendas atingiu os mercados chineses à medida que o yuan recuou e atingiu o menor valor em relação ao dólar em mais de um ano. Os futuros do cobre em Xangai recuaram 2,6 por cento e o zinco teve declínio de 2,4 por cento e o níquel caiu 2,2 por cento.
“Se os sinais macro permanecerem inalterados, a próxima fase de queda será só questão de tempo, e a Europa provavelmente verá outra onda de venda sistemática quando abrir”, informou a corretora Marex Spectron em nota. “O caminho da menor resistência continua sendo para baixo no momento.”
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