Por David Marino.
Petróleo a US$ 100? Não tão rápido, diz o Goldman Sachs.
Os analistas do banco disseram em nota, na terça-feira, que “provavelmente seria necessário outro catalisador de oferta além do Irã para que os preços subissem significativamente”.
A nota jogou um pouco de água fria nas projeções otimistas divulgadas nesta semana pelas gigantes do trading Mercuria Energy Group e Trafigura Group, que afirmaram que as perdas de oferta poderiam recolocar o barril de petróleo acima dos US$ 100. Os traders de opções entraram em ação comprando contratos que lucrariam com o Brent acima de US$ 100 ou até em US$ 110, colocando o volume de opções otimistas em nível recorde.
Os preços subiram nesta semana depois que a Opep sinalizou que não correria para liberar mais petróleo no mercado, mas que trabalharia para atender à demanda. O grupo enfrenta a queda acentuada na oferta do Irã e o declínio da produção da Venezuela, enquanto o crescimento da produção dos EUA é desacelerado por gargalos na operação.
Segundo os analistas do Goldman, liderados por Damien Courvalin e Jeffrey Currie, a produção de outros membros da Opep e da Rússia compensará as perdas do Irã. Além disso, qualquer grande salto nos preços neste outono (Hemisfério Norte), antes das eleições nos EUA, provavelmente levaria o presidente Donald Trump a autorizar a liberação das reservas estratégicas do país.
“Como resultado, esperamos que os preços do Brent se estabilizem na faixa de US$ 70-US$ 80/barril até o fim do ano”, escreveram os analistas.
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