Por Alex Tanzi e Wei Lu.
Segundo projeções divulgadas no início do mês, a economia global deverá atingir uma taxa de crescimento anual do PIB, medida em dólares constantes, de 3,7 por cento entre 2018 e 2020, antes de cair para 3,6 por cento entre 2021 e 2023 e ultrapassar a marca de US$ 100 trilhões por volta de 2022.
A Bloomberg usou projeções do Fundo Monetário Internacional, ajustadas pelas paridades de poder de compra, para dissecar de onde virá o crescimento.
Apesar da expectativa de que a taxa de crescimento da China continuará desacelerando, e que de fato deverá crescer a um ritmo menor que o dos EUA em 2040, segundo projeções de longo prazo da OCDE, a China ainda dará a maior contribuição para o crescimento do PIB global por uma grande margem a curto prazo. A participação da China no crescimento do PIB global deverá aumentar de 27,2 por cento para 28,4 por cento em 2023.
Os EUA deverão contribuir com uma parcela considerável do crescimento global, mas verão sua parcela diminuir com a propagação da democratização do crescimento do PIB. Em outras palavras, outros países terão uma fatia maior do bolo do PIB global. A participação dos EUA no crescimento global deverá cair de 12,9 por cento para 8,5 por cento em 2023.
Ao mesmo tempo, o alcance da segunda maior fatia, da Índia, se definirá com mais clareza. A fatia da Índia no crescimento do PIB global aumentará de 13 por cento para quase 16 por cento — um salto de três pontos percentuais. O quarto lugar será da Indonésia, com participação esperada de 3,7 por cento em 2023. O Brasil completará o top five.
Os EUA não são a única grande economia que deixará espaço para novos motores de crescimento, especialmente Irã, Turquia, Indonésia e Bangladesh. Membros do G7 como Japão, Alemanha, Itália e Canadá deverão ser menos importantes no crescimento do PIB global.
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