Por R.T. Watson, Jack Farchy e Mark Burton.
Vale planeja usar reservas de caixa crescentes para construir uma estação de tratamento de resíduos para mina de Goro, na Nova Caledônia, dando nova vida à operação de cobalto e níquel depois de frustrados os esforços para atrair parceiros, disseram pessoas a par do assunto.
Há mais de um ano, a Vale tenta encontrar um investidor para a mina, localizada na remota e rica ilha do Pacífico. Mais recentemente, a empresa estava tentando arrecadar até US$ 500 milhões vendendo a futura produção de cobalto por um pagamento inicial a um preço fixo, mas não recebeu propostas suficientemente atraentes, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as conversas são privadas.
A mineradora buscava um acordo próximo aos atuais preços praticados no mercado livre, de cerca de US$ 30 por libra para o metal usado em baterias de veículos elétricos, disseram duas dessas pessoas.
Presidente da Vale Fabio Schvartsman, que havia considerado a desativação do local, disse em uma teleconferência no mês passado que a Nova Caledônia era “uma operação muito difícil” com problemas de custo e de capacidade, e que a administração estava “muito focada em mudar isso para melhor”. A Vale tem muito caixa de seu principal negócio com minério de ferro e, sem uma nova instalação para processar resíduos minerados, Goro provavelmente teria que ser fechada nos próximos dois anos.
Procurada, a empresa não quis comentar.
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