Por Jen Skerritt.
O Brasil, tradicionalmente o maior produtor de açúcar do mundo, está prestes a perder a coroa para a Índia pela primeira vez em 16 anos.
A produção do país asiático nesta safra poderá subir 5,2 por cento, para um recorde de 35,9 milhões de toneladas, devido ao aumento da área plantada e à melhora da produtividade, informou o Serviço de Agricultura Estrangeira do Departamento de Agricultura dos EUA (Usda, na sigla em inglês). A produção brasileira pode cair 21 por cento, para 30,6 milhões de toneladas, devido ao clima adverso e à opção por uma maior produção de etanol à base de cana.
A produção global deverá cair 4,5 por cento, para 185,9 milhões de toneladas, volume menor que o da estimativa de maio, de 188,3 milhões, porque as perspectivas para o Brasil, a Tailândia e a União Europeia foram revisadas para baixo.
O Brasil deve continuar sendo o maior exportador, seguido pela Tailândia. O período de comercialização vai de abril a março no Brasil e de outubro a setembro na Índia. Na maioria dos países, o ano-safra vai de maio a abril.
O total armazenado em todo o mundo deverá aumentar porque o “enorme aumento dos estoques” na Índia compensará o estoque menor na China e na UE, informou a unidade do Usda.
Os futuros de açúcar bruto caíram 18 por cento neste ano em Nova York em meio a colheitas mais abundantes. Em 2017, o preço caiu 22 por cento.
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