A diferença entre o hedging cambial de mercados desenvolvidos e emergentes pode ser resumida com um “sim” a qualquer questão sobre o tema. Por exemplo: para moedas de mercados desenvolvidos você pode responder “sim” a perguntas como “posso negociar em grande quantidade?”, “posso fazer um forward ou opção de FX?”, “posso negociar um prazo mais longo?” ou “posso negociar a qualquer hora do dia?”. No entanto, quando expostas às moedas de mercados emergentes, as áreas de tesouraria que lidam com o mercado cambial enfrentam mais desafios e precisam considerar diferentes fatores.
Aqueles que negociam em grande quantidade e hedgers devem estar conscientes da hora do dia em que negociam, para garantir a melhor liquidez disponível, mesmo que isso envolva o hedging de moedas asiáticas durante o horário comercial da Ásia por empresas dos EUA. Além disso, pode não haver um mercado de opções de câmbio disponível e, no caso de moedas de fronteira, pode não haver um mercado a termo para se acessar.
NDFs e mercados cambiais emergentes
Moedas de mercados emergentes muitas vezes têm controles cambiais em vigor, o que restringe a grande maioria dos participantes do mercado no exterior de negociar FX a termo tradicionais. Como alternativa, tais participantes usam contratos a termo sem entrega física (NDFs) como um mecanismo para ganhar exposição a países estrangeiros.
Como NDFs funcionam?
NDFs são o instrumento favorito de especuladores. O especulador compra a moeda estrangeira e vende USD de seis meses, por exemplo. No vencimento do contrato (ou um pouco antes), o contrato ‘fixa’ a taxa vigente e é liquidado em USD. E o mais importante, a moeda estrangeira nunca muda de mãos.
A vantagem para corporações
O uso de NDFs não está restrito a especuladores, uma vez que tesourarias corporativas também têm acesso a NDFs para cobrir sua exposição cambial. Em determinadas circunstâncias, dependendo do lado do mercado em que você está e da própria precificação da curva futura, NDFs podem ser uma boa opção de instrumento. Na grande maioria dos casos, no entanto, as empresas devem receber (ou fazer o pagamento) na moeda estrangeira.
Com a documentação correta, as corporações ficam em posição privilegiada para acessar o mercado onshore, decidir aquele mercado que oferece a melhor proteção comparando curvas futuras com cada opção de instrumento, além de optar por negociar entregas para liquidação na moeda estrangeira, caso necessário.
Exigindo um workflow eficiente
Ao negociar em mercados emergentes, uma questão na qual a resposta deve ser um “com certeza” está em torno de sua real capacidade de executar o negócio. As empresas têm participado intensamente do trading eletrônico de FX em mercados desenvolvidos, sempre de olho nos benefícios que essa tecnologia traz.
As vantagens do trading eletrônico de FX:
- Redução de erros de transação
- Capacidade de cotar um preço de concorrência
- Ver em tempo real o custo de negociar com uma contraparte em relação à outra
- Confirmação, matching e liquidação
- Cálculo fácil de operações realizadas/participação na carteira de banco de relação
Não se deve esperar que as corporações renunciem a estes ganhos e retornem a um workflow ineficiente, simplesmente porque algumas plataformas são incapazes de acessar transações bancárias locais para moedas de mercados emergentes.
Com a tendência de centralização das tesourarias e do aumento do número de mercados emergentes que as empresas têm exposição, sabia que a eficiência e a automação em todas as áreas de operações de câmbio ajudam a reduzir riscos de mercado, contraparte e operacionais? Administrando o risco em toda a empresa, as tesourarias podem reduzir a exposição a possíveis perdas, melhorar a relação custo-benefício, aumentar a lucratividade e identificar novas oportunidades de negócios. Quando se trata de adotar uma plataforma de negociação eletrônica que melhor protege os mercados de FX locais, a resposta também é “sim”.
Abundância de opções
Diante desse cenário, a plataforma de trading eletrônico da Bloomberg, FXGO, permite que as empresas optem por negociar preços de entrega onshore e NDFs para suas necessidades emergentes de hedging cambial.
Se após uma análise extensa for decidido que o hedge mais eficiente é o onshore, as companhias são capazes de negociar com uma grande seleção de bancos locais na América Latina e na Ásia, de um jeito simples: especificando o instrumento/produto de escolha e a moeda que desejam negociar, seguido da solicitação de habilitação para trading na plataforma.
Artigo publicado originalmente em agosto de 2019