Este artigo foi escrito por David Tamburelli, head de vendas para empesas nas Américas na Bloomberg.
Na gestão de tesouraria, debater se é melhor construir ou comprar tecnologia requer muitas nuances e considerações. Os fluxos de trabalho das tesourarias corporativas costumam girar em torno de sistemas que visam a eficiência. No entanto, quando as equipes de tesouraria desejam adicionar novas funcionalidades a seus sistemas, elas geralmente têm duas opções: criar algo por conta própria ou trabalhar com um fornecedor que possa encaixar a nova solução no fluxo de trabalho existente.
Os tesoureiros sem dúvida devem optar pela solução que funciona melhor para eles, seja construir, comprar ou combinar essas duas opções. No entanto, alguns fatores devem ser levados em conta quando surge a ideia de construir uma solução customizada. Muitas empresas presumem que esta é a opção mais fácil ou econômica, mas infelizmente não consideram o custo real de se construir algo internamente.
Essas considerações são bastante importantes porque os profissionais de hoje possuem um mindset que favorece a construção de tecnologias. Pedir para um funcionário criar uma solução customizada pode parecer o caminho mais eficiente, mas na prática a teoria é outra.
Considere um cenário hipotético de uma tesouraria que, em vez de comprar uma nova ferramenta de valuation, decide utilizar um funcionário existente (ou uma equipe) para derivar internamente os valuations. À primeira vista, pode parecer que o tempo gasto na construção desses valuations customizados não é tão grande nem que a tarefa é tão onerosa e, portanto, vale o esforço interno. Mas, na realidade, a empresa precisará investir tempo na construção de um modelo e na execução da análise todo mês, o que pode exigir mais trabalho do que se simplesmente comprasse uma solução pronta. Em última instância, cada companhia deve estudar a fundo se esta é uma maneira eficaz de utilizar seu tempo e se seus funcionários atuais têm qualificação para realizar o trabalho necessário. Os custos acumulados com o tempo gasto e as ineficiências criadas podem surpreender, ainda mais se comparados à utilização otimizada desse tempo em tarefas que geram mais valor para a organização.
Além disso, existem outros custos e riscos associados à construção de uma solução, como:
- Custos de dados
- Direitos de utilização de dados
- Ambiente regulatório
- Risco de exposição em auditorias
- Risco associado à perda de um integrante importante da equipe
- Tempo gasto para manter os modelos atualizados com as últimas metodologias de valuation
Os profissionais que criam essas soluções são especialistas em dados e análises, mas nem sempre se preocupam com os custos e riscos associados. Já os profissionais de tesouraria que supervisionam tais iniciativas devem contemplar todos esses fatores quando decidem construir ou não um projeto.
No mercado dinâmico da atualidade, o melhor modelo de tecnologia para gestores de tesouraria provavelmente é híbrido. Isso implica trabalhar com um fornecedor como a Bloomberg que, independentemente da abordagem escolhida, pode colaborar, seja simplesmente com a entrega dos melhores dados de avaliação para alimentar os sistemas existentes da organização ou oferecendo a solução completa e atendimento especializado ao cliente. Esta alternativa é provavelmente a mais econômica e ainda oferece alguma flexibilidade e grau de customização na implementação das ferramentas. Ao trabalhar com um fornecedor que pode oferecer determinados componentes de maneira interconectada, a tesouraria não precisa adotar uma abordagem de “tudo ou nada” e ganha mais agilidade para se adaptar ao futuro.