Há melhores escolhas no G10FX, porém mais expostas ao próximo salto do dólar
O cenário de fraqueza seletiva do dólar no G10FX em 2021 permanece, mas não há sinais de negociação unilateral e algumas moedas podem recuar temporariamente no próximo salto do dólar, dado o posicionamento e movimentação acumulados no ano. Era mais fácil ser otimista em relação a um dólar canadense a 1,25, ou um fã da libra esterlina abaixo de 1,40, e ambos estão expostos a uma recuperação do dólar, mas não há razão para desistir completamente.
Sinais do mercado: momento de fazer hedging de FX ou de aproveitar oportunidades?
Tentar “adivinhar” o próximo movimento do mercado é um jogo perigoso. O dólar americano em declínio, muitas vezes, parece prestes a mudar de direção; de repente, mais dados dão impulso à queda. A recuperação eventualmente virá; com dados corretos em mãos e as soluções da Bloomberg, os usuários podem tomar decisões mais assertivas. Por exemplo, a surpresa inflacionária em abril levou traders a avaliar se as pressões são transitórias.
Esperava-se que o IPC de abril indicasse variação anual de 3,6% devido aos efeitos de base do ano passado. No entanto, o mercado foi surpreendido no dia 11 de maio com uma alta de 0,82% em relação ao mês anterior (consenso 0,2%) e o quinto aumento mensal consecutivo acima da média de 5 anos.
Um aumento recorde no preço dos carros usados contribuiu para o forte aumento no IPC, com a escassez de semicondutores forçando potenciais compradores de carros novos a buscar o mercado de carros usados. A inflação anualizada está agora em 4,2% na variação YoY. Os títulos do Tesouro dos EUA continuam com tendência de alta no rendimento, à medida que os traders tentam determinar se as pressões inflacionárias vieram para ficar ou não.
De 8 de junho a 20 de julho, a Bloomberg hospeda uma série de webinars em 4 sessões para discutir o fluxo de trabalho de FX em departamentos de tesouraria e as estratégias para fazer hedging de FX, execução e automação de trade. O vídeo abaixo dá uma amostra do que esperar da série.
Automação pode facilitar a execução, mas não há uma solução “tamanho único”
Como todas as organizações têm processos, requisitos e arquitetura de tecnologia diferentes, não há uma solução “tamanho único” de trading automatizado. Independentemente de como uma mesa de operações abrace a automação hoje, é essencial moldar uma visão e metas para uma automação futura intuitiva e sem descontinuidades, fazendo o melhor uso possível das ferramentas disponíveis. O primeiro passo para personalizar uma solução de automação é fazer perguntas-chave para ajudar a entender os requisitos inerentes ao processo em questão, além de identificar os elementos que precisam ser automatizados e os pontos críticos mais importantes – e como solucioná-los.
Mas também é possível aprender com a Danone, um dos líderes no mercado de alimentos e bebidas, com sede em Cingapura, que respondeu a essas perguntas antes de decidir digitalizar e automatizar seu fluxo de trabalho de FX de ponta a ponta para dar suporte a uma melhor colaboração ao longo de toda a cadeia de tesouraria.
“Tesouraria 4.0”: automação do sistema de tesouraria é o próximo passo na digitalização
A recente tendência de digitalização, comumente conhecida como “Tesouraria 4.0”, continua a remodelar a forma como as tesourarias operam. A automação de processos robóticos e coleta de dados avançada usando APIs e inteligência artificial podem ajudar as tesourarias a melhorar a visibilidade de risco e a tomada de decisões.
Alterações nas exigências a serem atendidas pelos relatórios de contabilidade e regulatórios motivaram muitos departamentos de tesouraria e finanças a adotar software dedicado à execução de tarefas específicas, as quais ultrapassam o alcance dos sistemas tradicionais de gestão empresarial (ERP) e contabilidade.
Esses novos processos podem criar barreiras à automação devido a uma miríade de interfaces multi-sistema não conectadas e com várias instâncias, desenvolvidas sobre protocolos de segurança dispendiosos, demorados e difíceis de gerenciar – frequentemente executados manualmente com o auxílio de planilhas. Isso afeta a qualidade da governança e o ambiente de controle da função de finanças.
Em resposta, a adoção de APIs abre possibilidades para todos os níveis de colaboração tecnológica – de dados de mercado a preços e poderosas análises de risco. Isso pode facilitar a transição da “padronização de processo” para a “automação de processo (robótica)”. Ou seja, os fluxos de trabalho serão projetados para atender a necessidades reais, e não estarão sujeitos às limitações de cada sistema de terceiros.
Dito isso, níveis maiores de colaboração e personalização também podem resultar em maior complexidade. Portanto, a adoção da “Tesouraria 4.0” também pode exigir a contribuição das equipes técnica e de engenharia das organizações. Felizmente, muitos parceiros de tecnologia e dados, como a Bloomberg, trabalharão com os clientes para garantir uma integração perfeita, inclusive colaborando na construção das APIs necessárias para integração a um sistema de gestão de tesouraria (TMS) existente.