Prefeitas e prefeitos pedem medidas urgentes para garantir acesso a alimentos saudáveis

Declaração de Intendente eleito Daniel Passerini, Córdoba, Argentina; Prefeito Axel Grael, Niterói, Brasil; Prefeito Eduardo Paes, Rio de Janeiro, Brasil; e Intendente Carolina Cosse, Montevideo, Uruguay incentivando ações do governo local sobre uma crise importante de saúde é publicada enquanto especialistas da rede  Parceria para Cidades Saudáveis e do Food Policy Program (Programa de Política Alimentar) da Bloomberg Philanthropies se reúnem essa semana em Cuenca, Equador, durante o 20o Congresso Latino-Americano de Nutrição.

Todas as pessoas precisam de alimento para viver. No entanto, como prefeitas e prefeitos, sabemos em primeira mão que alguns alimentos podem ter um impacto devastador sobre a saúde e a vida de nossos moradores e moradoras.

O acesso fácil a produtos ultraprocessados e bebidas açucaradas acelerou o aparecimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como a diabetes, doenças cardíacas e câncer, além das condições crônicas como a obesidade. As DCNTs são a principal causa de morte em todo o mundo, uma crise que testemunhamos, com crescente preocupação, em nossas comunidades. Se as lideranças urbanas não agirem agora, existe o risco de perdas ainda maiores de vidas e mais sobrecarga sobre os sistemas de saúde locais.

Com mais da metade da população mundial vivendo em cidades, governos locais têm um enorme impacto sobre a vida daquelas pessoas a quem servimos e podem agir rapidamente na resposta a ameaças à sua saúde. É por isso que, hoje, como parte do nosso trabalho com a Parceria para Cidades Saudáveis e o Bloomberg Philanthropies Food Policy Program, pedimos às lideranças urbanas que usem suas atribuições para promover o acesso à alimentos saudáveis em locais públicos.

Precisamos trabalhar para diminuir a disponibilidade de produtos e bebidas ultra processados e não saudáveis através do impedimento de venda ou publicidade em locais públicos como escolas, locais de trabalho e hospitais. Simultaneamente, também devemos garantir o fácil acesso físico e financeiro a alimentos saudáveis e água fresca para todos.

Os resultados de saúde estão diretamente ligados à qualidade dos alimentos que as pessoas têm acesso, e os espaços públicos de uma cidade exercem uma enorme influência. Em todo o mundo, milhões de residentes urbanos consomem alimentos todos os dias em edifícios administrados pelo governo. É nossa responsabilidade nos certificar que esses espaços garantam  saúde e forneçam produtos que melhorem e prolonguem a vida das pessoas – não que as ponham em perigo.

Signatários:

  • Intendente Eleito Daniel Passerini, Córdoba, Argentina. A cidade se prepara para aprovar uma política alimentar que restringe a venda e publicidade de alimentos e bebidas não saudáveis nas escolas e exige alternativas saudáveis.
  • Prefeito Axel Grael, Niterói, Brasil. A cidade aprovou uma lei que proíbe a oferta de alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas em escolas públicas e privadas.
  • Prefeito Eduardo Paes, Rio de Janeiro, Brasil. A cidade aprovou uma lei voltada ao combate à obesidade infantil que proíbe a venda e oferta de alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas em escolas públicas e privadas da cidade.
  • Intendente Carolina Cosse, Montevidéu, Uruguai. Uma nova política alimentar restringe que empresas que servem funcionários do setor público vendam e façam publicidade de alimentos e bebidas não saudáveis e oferece incentivos econômicos para encorajar opções mais saudáveis.

Doenças crônicas não transmissíveis na América Latina

As doenças não transmissíveis (DCNTs) estão em ascensão na América Latina, causando 81% de todas as mortes nesta região. Ambientes alimentares não saudáveis, onde o acesso a alimentos saudáveis é limitado – e produtos não saudáveis podem ser ativamente promovidos – contribuem diretamente para a crise das DCNTs, tanto a curto quanto a longo prazo.

Sobre a Parceria para Cidades Saudáveis

A Parceria para Cidades Saudáveis é uma prestigiada rede global de 70 cidades comprometidas em salvar vidas através da prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e lesões. Apoiada pela Bloomberg Philanthropies em parceria com a Organização Mundial da Saúde e a organização global de saúde Vital Strategies, a iniciativa permite que cidades de todo o mundo ofereçam uma política de alto impacto ou intervenção programática para reduzir as DCNTs e lesões em suas comunidades. Para mais informações, acesse https://cities4health.org

Sobre o Bloomberg Philanthropies Food Policy Program

O Food Policy Program (FPP) apoia a promulgação e avaliação de políticas que visam melhorar a alimentação na América Latina e Caribe, África, Ásia e EUA. O FPP trabalha com organizações da sociedade civil e instituições de pesquisa para promover políticas fortes apoiadas pelas melhores evidências disponíveis, incluindo o aumento dos impostos sobre bebidas açucaradas e produtos ultraprocessados, a introdução de rotulagem nutricional frontal, limitando a exposição das crianças ao marketing de alimentos e bebidas não saudáveis e promovendo políticas alimentares saudáveis para o setor público. Com o aumento do apoio público e político, nossos parceiros defendem mudanças nas políticas que reduzam a demanda dos consumidores por alimentos e bebidas não saudáveis, melhorem o ambiente alimentar e que façam escolhas mais saudáveis para todos. Para mais informações sobre o  Food Policy Program, acesse: https://www.bloomberg.org/public-health/promoting-healthy-food-choices/food-policy-program/

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