Por Fabiola Moura.
O Société Mondiale, fundo de investimentos administrado pelo investidor Nelson Tanure, quer que a PJT o ajude a acabar com o impasse com os detentores de títulos internacionais da Oi quanto ao plano de recuperação judicial da cia., disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto.
A PJT Partners também ajudará o Société a elaborar uma proposta de injeção de capital na Oi, de acordo com as pessoas que pediram para não serem identificadas porque as informações são privadas.
Tanure detém cerca de 6,3% da Oi. A empresa está em recuperação judicial por quase um ano com cerca de US$ 19 bilhões em dívidas.
A Oi, que é assessorada por Laplace Finanças, não está diretamente envolvida na contratação da PJT.
Credores têm até meados de junho para se opor à proposta de reestruturação da Oi, que foi apresentada aos detentores de títulos em março e foi criticada porque não incluiu nenhum novo investimento.
Os dois principais grupos de credores, assessorados pela Moelis & Co. e G5 Evercore, reclamaram reiteradamente sobre a falta de comunicação com a empresa e seus acionistas. A Oi diz estar negociando com os credores. O grupo assessorado por Moelis apresentou uma petição a um juiz de falências dos EUA e ameaçou brigar por uma reviravolta nos EUA caso o plano não fosse melhorado.
A PJT, que deixou de ser assessora da Oi em novembro, poderia ajudar a encontrar um novo parceiro estratégico para fazer investimentos e ajudar a empresa a sair mais forte da recuperação judicial, disseram as pessoas.
O Société Mondiale está em conversas preliminares com operadoras de telecomunicações estrangeiras interessadas em investir na Oi como uma forma de entrar no Brasil, disseram. O Société Mondiale e a Oi preferiram não comentar. A PJT não retornou um email da Bloomberg pedindo comentário.
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