Sessenta e seis por cento da receita do Banco do Brasil em 2014 derivou de rendimentos de juros líquidos, incluindo operações financeiras, em 2014, sendo 33% disso de cobranças de taxas. Aumentar os rendimentos de taxas é parte vital de um plano de gerenciamento para melhorar os retornos em ações e diversificar conforme o crédito desacelera. Cartões e gestão de recursos, que totalizaram juntos 42% de taxas em 2014, serão determinantes para que o banco supere a previsão de crescimento em rendimentos de taxas, de 3% a 6%. A meta foi cortada de 7% a 10% depois da conclusão da joint venture com a Cielo.
Provisões crescentes representam ameaça ao ROE do Banco do Brasil
Provisões mais altas para perdas com empréstimos podem significar a ameaça mais importante para a meta de 2015 em retorno com ações do Banco do Brasil, que está em 14% a 17%. O banco pode alcançar um ROE de 15% nesse ano, com base em um consenso, mesmo retorno de 2014, mesmo que as proporções precoces de incumprimento, um bom indicador de futuros empréstimos improdutivos, tenham aumentado significativamente em 2015. O crescimento de 19% em cobranças de impairment em 2014 excedeu o crescimento de empréstimos de 10% do banco, uma tendência que pode continuar dado que a economia brasileira permanece em recessão.
Gerenciamento de risco do Banco do Brasil desafia a margem de juros líquidos
A margem de juros líquidos do Banco do Brasil chegou a quase 200 pontos base desde o primeiro trimestre de 2010, devido a uma mudança na direção de segmentos de empréstimos de baixo risco, como hipotecas e folhas de pagamento. Taxas de juros subiram em 500 pontos base para 13,75% no mesmo período. Ainda assim, calculando o custo de provisões, a margem de juros líquidos ajustada ao risco do credor também contraiu em quase 200 pontos base, sugerindo que os benefícios do gerenciamento de risco ainda não compensaram a queda das margens. O sucesso dos esforços de reavaliação em 2015 serão essenciais para a expansão da margem no futuro.
Dados 1Q do Banco do Brasil indica uma evolução da insolvência brasileira
Empréstimos que ultrapassaram em mais de 15 dias sua data de vencimento, sinal importante de futuros empréstimos improdutivos ( non-performing loans, ou NPLs), subiram para 4,3% dos empréstimos totais do Banco do Brasil no primeiro trimestre, ante 3,5% um ano atrás. O aumento de 80 pontos base leva a proporção a uma alta desde o terceiro trimestre de 2010, quando o NPL (passados 90 dias do vencimento) do banco era de 2,7%, 60 pontos base mais alto do que no primeiro trimestre. Isso pode por em questão a orientação de custo de risco de risco de 2,7% a 3,1%, dado o alcance de 3,1% no primeiro trimestre. Os pares Itaú (41%) e Bradesco (21%) tiveram aumentos nas provisões no primeiro trimestre.
Bancos públicos como a Caixa Econômica Federal, o BNDES e o Banco do Brasil aumentaram agressivamente o crédito nos últimos três anos, elevando a fatia de empréstimos totais de 44% a 55%. Conforme o crescimento de empréstimos desacelera no Brasil, a taxa de incumprimento precoce desses bancos será observada de perto.
Política de taxação do Banco do Brasil pode erodir margens com queda nos volumes
O Banco do Brasil relatou um declínio de 57 pontos base em sua taxa média de financiamento para 7,24% no primeiro trimestre, em comparação com o ano anterior, mesmo com o prazo médio ampliado. Durante o mesmo período, os custos de financiamento dos bancos brasileiros subiram. A taxa média de depósito avançou 100 pontos base para 12,7%. Isso sugere uma ênfase maior do banco em aumentar os volumes de empréstimos nos gastos de margens. A taxa regulada de financiamentos do Banco do Brasil (6,15%) é a mais baixa entre os maiores bancos brasileiros, abaixo da Caixa (7,34%), do Bradesco e do HSBC (ambos 8,94%).
Cartas de crédito mudam dinâmica e erodem margens de financiamentos brasileiros
A quantia levantada em cartas de crédito imobiliário (LCIs) pelo Banco do Brasil e pelo Bradesco mais que dobrou no primeiro trimestre, em comparação com o primeiro trimestre de 2014, conforme credres buscam fontes alternativas de financiamento de hipotecas a poupanças tradicionais. Saídas líquidas de depósitos em poupanças totalizaram R$29 bilhões nos primeiros quatro meses de 2015. Uma mudança para LCIs pode prejudicar margens de juros líquidas de hipotecas (NIM), dado o rendimento de LCI do Banco do Brasil de 10,5%, mais alto que a taxa de depósitos de poupança, de 7,5% no final de abril.
Tanto o Banco do Brasil quanto o Bradesco mais que dobraram a quantia de fundos levantados com LCIs no primeiro trimestre.