Por Josue Leonel.
Presidente Bolsonaro sofre pressão de diferentes grupos no Congresso em torno do projeto de lei que pune abuso de autoridade, aprovado na Câmara. O PSL e o ministro Sérgio Moro defendem que o presidente vete pontos do projeto, que poderia enfraquecer a Lava Jato. Partidos de centro na Câmara, contudo, teriam sinalizado que podem derrubar eventuais vetos presidenciais.
Governo sob pressão
O governo avalia vetar pontos do projeto sobre abuso de autoridade, que proíbe métodos mais severos de investigação que foram adotados por operações como a Lava Jato, informa a Folha. A pressão pelos vetos viria do partido do presidente, o PSL, que adotou o combate à corrupção como bandeira eleitoral. Por outro lado, informa o Estado, o centrão já sinalizou que só aceitaria um veto, o da proibição do uso de algemas. Vetos mais amplos poderiam ser derrubados em plenário. Caso Bolsonaro aceite as pressões dos defensores do projeto, segundo o jornal, seria uma derrota para o ministro da Justiça, Sérgio Moro, que também defende os vetos.
Crise fiscal
Bloqueio de gastos no orçamento federal está levando ao risco de paralisia em programas de ministérios, que reclamam por mais recursos e colocam a equipe econômica em alerta, relata a Folha. O jornal cita a suspensão de bolsas de estudo e atividades da polícia federal, que estariam sendo prejudicadas. O governo trabalha no orçamento de 2020, o primeiro definido na presidência de Bolsonaro, e que poderá ser ainda mais apertado, diz a Folha.
Privatizações
Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira ao CEO da Petrobras, Roberto Castello Branco, que não duvida de privatizações maiores e que o Executivo pode ”lá na frente” fazer algo ”surpreendente” a depender do ritmo da execução da agenda do governo. O presidente Bolsonaro está cada dia mais alinhado com a agenda de privatizações, disse Guedes.