Por David Roman.
Cingapura é o melhor lugar da Ásia em termos de atração e desenvolvimento de talentos, o que reflete não apenas seu sistema educacional de classe mundial, mas também a forma de adaptar habilidades na era digital.
A cidade-estado ficou em segundo lugar, atrás da Suíça, no Global Talent Competitiveness Index, publicado na terça-feira pela faculdade de administração francesa INSEAD. A Austrália foi o único outro país da região Ásia-Pacífico classificado no top 10.
O índice avalia a capacidade de um país de formar, atrair, ampliar e reter talentos e também a de desenvolver conhecimento global e habilidades vocacionais e técnicas. Os países que ocupam melhores posições no ranking têm algumas vantagens em comum: políticas de emprego que favorecem a flexibilidade, bons sistemas educacionais e competência tecnológica.
O governo de Cingapura busca transformar a economia em um polo regional de alta tecnologia. Está ajudando pequenas empresas a adotarem novas tecnologias e dando apoio aos trabalhadores para que se recapacitem. Com limites à imigração em vigor, a cidade-estado está estimulando a automação de alguns empregos de baixa qualificação, como os do setor de limpeza.
“As tecnologias digitais ajudarão economias pequenas e expostas como Cingapura a se superarem criando meios para que suas empresas e talentos alcancem o mercado global”, disse Su-Yen Wong, CEO do Human Capital Leadership Institute, com sede em Cingapura, que ajudou a compilar o índice.
Algumas das maiores economias da Ásia foram classificadas em posições muito mais baixas no índice. O Japão caiu três degraus, para a 22a posição, enquanto a China ficou na 54a e a Índia, no 92º lugar.
“Um grande desafio para a China e a Índia é a capacidade de atrair talentos e ambos os países enfrentam o problema de verem os trabalhadores locais mais bem qualificados irem embora para trabalhar no exterior”, disse Bruno Lanvin, diretor-executivo de índices globais da INSEAD e coeditor do relatório. “Para melhorar a atratividade os países podem estimular mais seus panoramas regulatórios e de mercado.”
A Malásia teve a melhor classificação entre países de renda média-alta e ficou em 28o lugar no índice global, superando países mais ricos como Coreia do Sul, Espanha e Itália. O país do Sudeste Asiático teve uma pontuação elevada devido a suas habilidades vocacionais e técnicas e por ser aberto ao talento estrangeiro, segundo o estudo.
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