Por Jonathan Gilbert.
Durante décadas o Chile desenvolveu uma indústria de mineração invejada em todo o continente americano. Agora, há mais alguém querendo buscando protagonismo no setor: a vizinha Argentina.
No governo do presidente Mauricio Macri as oportunidades para as mineradoras estão melhorando. Macri assumiu o cargo há dois anos prometendo desfazer políticas protecionistas e atrair investidores.
Essas medidas se refletem nos ajustes que ele estaria planejando em uma lei que protege as geleiras andinas da Argentina. As mudanças poderiam ajudar a investir US$ 18 bilhões em projetos paralisados, informou o jornal La Nación, na quarta-feira. O Chile, por sua vez, está debatendo uma legislação para reforçar suas leis ambientais.
Em meio a isso está Pascua-Lama, o projeto de extração de ouro e prata da Barrick Gold que se estende em ambos os lados da fronteira norte dos dois países. Enquanto continua fechado no Chile por contratempos jurídicos e ambientais, na Argentina de Macri o projeto avança e a empresa se prepara para iniciar perfurações exploratórias neste mês com a nova parceira Shandong Gold Mining.
Por fim, há o lítio de que Elon Musk precisa para levar a revolução dos carros elétricos adiante, sem contar as baterias para armazenamento de energias solar e eólica.
A Argentina está fazendo o possível para impulsionar as operações de lítio na salmoura de salinas localizadas em altitudes elevadas e empresas como Orocobre e Soc. Química & Minera de Chile estão acelerando as operações. No Chile, onde o lítio é considerado “estratégico” e as produtoras precisam de autorização da Comissão de Energia Nuclear, a SQM está em meio a uma batalha contratual com as autoridades relacionada à sua principal licença para explorar o metal macio.
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