Por R.T. Watson.
O chefe da Nexa Resources, Tito Martins, um defensor do zinco, está praticando o que prega frente à queda dos preços do metal usado na galvanização do aço.
“Estamos na estrada desde o ano passado tentando educar os investidores a respeito do zinco”, disse o CEO da maior produtora da América Latina em entrevista por telefone, na quarta-feira. São muitos poucos os especialistas que realmente conhecem bem esse metal, “porque o zinco nunca foi muito importante”, disse Martins.
O zinco foi o metal mais atingido pela forte queda gerada pela guerra comercial. Os preços caíram 16 por cento nos últimos três meses, derrubando consigo as ações das produtoras. O baixo desempenho se deve em parte à ignorância, disse Martins, porque alguns investidores têm um conhecimento desatualizado ou confuso dos fundamentos do zinco pelo fato de o metal constituir uma fatia muito pequena dos portfólios de produtoras diversificadas como Teck Resources e Glencore.
A queda dos preços desafia as variáveis fundamentais de apoio, e o mercado do zinco deverá passar por um aperto ainda maior no decorrer do ano, disse ele.
Com operações no Brasil e no Peru, a Nexa está propondo a recompra de até 6,5 milhões de ações e pretende levar adiante seus projetos e planos de expansão. Após a divulgação dos resultados, as ações da Nexa subiram 5,2 por cento em Toronto na quarta-feira em meio à queda das rivais.
“Precisamos ser pacientes até que o mercado comece a perceber que o que estamos dizendo faz sentido”, disse Martins.
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