Por John Gittelsohn.
Investidores focados em lucratividade estão enchendo os bolsos na medida em que dividendos pagos estão acompanhando o rali para recordes dos mercados acionários no trimestre passado. E é provável que mais ganhos venham pela frente.
No segundo trimestre, o pagamento de dividendos de ações no mundo todo aumentou 5,4 por cento em relação a um ano antes, para US$ 447,5 bilhões, de acordo com relatório divulgado nesta segunda-feira pela Janus Henderson Group. Os setores de finanças e tecnologia mostraram expansão robusta.
A previsão é que os dividendos atinjam o maior nível em registro de US$ 1,21 trilhão em 2017, ou 3,9 por cento a mais do que no ano passado. Os dividendos geram aproximadamente metade do retorno de longo prazo das ações, presumindo que sejam reinvestidos e contribuam para o crescimento composto, de acordo com Alex Crooke, autor do relatório e responsável global por renda com ações da instituição de fundos, sediada em Londres.
“É bastante relevante”, disse Crooke. “A volatilidade dos dividendos é bem menor do que a volatilidade dos lucros, o que é ótimo para os acionistas.”
No trimestre passado, a distribuição de dividendos bateu recordes nos EUA, Japão, Suíça, Holanda, Bélgica, Indonésia e Coreia do Sul. As companhias americanas geralmente fazem os pagamentos quatro vezes por ano. Na Europa, a maioria distribui dividendos anuais no segundo trimestre.
“Tivemos seis ou sete anos de crescimento forte, certamente nos EUA, e a Europa está diminuindo a desvantagem”, disse Crooke. “Ainda penso que estamos no meio do ciclo.”
O relatório trimestral começou a ser publicado em 2013 pela Henderson Group, que em maio realizou uma fusão com a Janus Capital Group, formando a Janus Henderson.
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