Este artigo foi escrito por Taran Khera, Diretora de Vendas da Bloomberg L.P. na Ásia.
Nos meus 15 anos na Bloomberg, seja em Londres, Dubai, Mumbai ou Hong Kong, eu presenciei como a tecnologia está rapidamente se tornando uma força democratizadora em salas de negociação em todo o mundo. Bloomberg News escreveu uma matéria interessante neste mês sobre como operadores de títulos devem aprimorar suas técnicas e adaptar totalmente suas habilidades, da emissão à negociação de títulos, à medida que os sistemas de inteligência artificial ficam mais inteligentes.
Bem-vindo à nova era da automação – onde negociações e ordens podem ser executadas automaticamente por uma máquina, produzindo insights cognitivos.
Mas, antes de entrarmos nisso, vejo a evolução da tecnologia financeira em três etapas: eletronificação, automação e digitalização.
Eletronificação
Primeiro, a eletronificação dos mercados tem sido uma tendência clara em muitos mercados emergentes e em desenvolvimento na Ásia. Isso é particularmente evidente na região da ASEAN, com reguladores pressionando pela transição de plataformas de voz para plataformas eletrônicas, para impulsionar uma maior transparência do mercado.
A eletronificação essencialmente transforma diversas comunicações não estruturadas (incluindo negociações manuais e de voz) em um formato eletrônico e estruturado, pronto para uso. Máquinas são capazes de ler dados eletrônicos mais rapidamente, o que impulsiona a eficiência do fluxo de trabalho, gera liquidez e auxilia nos relatórios pós-negociação. Vimos isso nas Filipinas, onde nos tornamos parceiros tecnológicos para o sistema eletrônico de negociação e vigilância de títulos públicos e corporativos.
Automação
Hoje, operamos em uma era de automação, onde processos manuais são levados ao próximo nível. Regulamentações como a MiFID II estão aumentando as necessidades de automação em fluxos de trabalho de negociação e, como tal, acelerando o uso de espaços eletrônicos de negociação. Estamos vendo em primeira mão, nas vendas e nos pregões, como a automação está transformando processos manuais, que podem ser caros, ineficientes e que produzem resultados inconsistentes e com altas taxas de erro.
Novas ferramentas de dados e automação estão proporcionando aos nossos clientes a capacidade de acelerar processos, registrar informações em um formato mais rápido e estruturado e abordar questões relacionadas a relatórios normativos, conformidade ou reconstrução comercial. Mas, subjacente a isso, alta qualidade dos dados é imperativa. A normalização vem neste estágio, como parte da preparação de dados para aprendizagem de máquina.
Digitalização
A terceira fase é o que eu gosto de chamar de ‘digitalização dos mercados’. Com ferramentas colaborativas de última geração, a tomada de decisões é aprimorada para que operadores possam se concentrar em tarefas de valor agregado, como a originação de negócios e análise de dados complexos, o que requer julgamento e experiência. Operadores podem alavancar conjuntos de dados alternativos, como sentimento social ou imagens de satélite, para criar relações entre dados alternativos e de mercado, de modo a desenvolver percepções proprietárias. Isso garante uma vantagem competitiva real.
O futuro dos mercados financeiros e negociação será cada vez mais digital, então comece a construir seu repertório e plataforma tecnológica hoje mesmo. Nos próximos anos, veremos técnicas cada vez mais avançadas de análise de dados, aprendizagem de máquina, ciência de dados e de visualização. Os dados serão exibidos, consumidos e analisados de forma diferente.
O futuro
Então, o que vem a seguir? Estamos analisando todos os itens acima, empregando técnicas de inteligência artificial, linguagem natural e aprendizagem profunda para criar uma análise ainda mais perspicaz e em tempo real, para ajudar nossos clientes a gerar alfa. Com máquinas de hiperconcorrência e mais inteligentes, a próxima geração de operadores, banqueiros e investidores logo estará trabalhando nas salas de negociação digital do futuro.