Por Jorgelina do Rosario.
O SoftBank continuará investindo na América Latina este ano com foco em setores como comércio eletrônico, assistência médica e fintechs.
Como parte de seu fundo dedicado à América Latina, com US$ 5 bilhões em ativos e lançado no primeiro trimestre de 2019, a gigante japonesa planeja investir US$ 1 bilhão em 2020, além dos US$ 1,6 bilhão investidos no ano passado. O fundo destinou entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões para cada uma das 17 empresas e duas firmas de venture capital até agora, embora o campo de atuação seja maior: o SoftBank está de olho em cerca de 650 empresas na região.
“Estamos focados em investir em empresas que possam alcançar rentabilidade a longo prazo”, disse Andrés Freire, sócio-gerente e chefe da região Cone Sul do SoftBank, durante conversa com repórteres em Buenos Aires. Países como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México estão no centro das atenções, e Freire disse que não há um valor predefinido por país.
Alguns dos investimentos do SoftBank incluem a startup de entregas colombiana Rappi, a rede brasileira de academias Gympass e a fintech argentina Uala. A expansão da empresa na América Latina também mira startups que aplicam inteligência artificial em empresas da indústria de alimentos, especialmente aquelas focadas em produtos à base de plantas. O SoftBank está “prestando atenção especial” em duas empresas do Brasil, uma do Peru e uma do Chile, disse Freire.
Além dos investimentos, o SoftBank lançará um programa de treinamento de 11 semanas com a fundação Correlation One, que poderia resultar na contratação de especialistas em inteligência artificial, disse. A empresa também continuará investindo diretamente em empresas de venture capital: o Softbank comprou uma participação de US$ 130 milhões na Kaszek Ventures e fez um investimento de US$ 100 milhões no Valor Capital Group em 2019.