Geração Y ajuda EUA a economizar mais dinheiro

Por Suzanne Woolley.

Após quase uma década, os americanos podem estar finalmente voltando a economizar dinheiro. Mais de 30 por cento deles afirmam que têm guardado o suficiente para cobrir as despesas de seis meses — o máximo valor em sete anos deste indicador de preparação para calamidades financeiras, um dos favoritos do planejamento financeiro.

Ao mesmo tempo, a porcentagem daqueles que responderam em uma pesquisa anual que não têm nada economizado caiu para o valor mais baixo em seis anos, 24 por cento, contra 28 por cento no ano passado.

“Desde a recessão, observamos nas pesquisas que as pessoas entendem o quanto é importante ter dinheiro economizado para emergências, mas durante muitos anos depois da recessão elas simplesmente não conseguiram nenhum progresso nisso”, disse Greg McBride, chefe de análise financeira da Bankrate.com, que publicou a pesquisa nesta terça-feira. Atualmente, um grupo mais amplo de pessoas está finalmente conseguindo avançar, disse ele.

A pesquisa com 1.003 americanos, realizada pela Princeton Survey Research Associates International, revelou hábitos de poupança impressionantes da geração Y, particularmente entre os mais jovens, disse McBride. Trinta e um por cento dos americanos entre 18 e 26 anos têm o suficiente para cobrir as despesas de três a cinco meses (é provável, no entanto, que alguns estejam morando na casa dos pais ou com colegas — ou que estejam contando seus fundos fiduciários).

“A geração Y tem uma disciplina para economizar que as gerações anteriores não tinham”, disse ele. “Os jovens são mais avessos à dívida, não estão tão voltados ao consumo e são mais propensos a economizar do que o observado há um tempo.”

Para evitar injustiças com os pais, é necessário observar que esses trabalhadores mais jovens não tiveram que esgotar suas economias por causa de longos períodos de desemprego, uma realidade enfrentada por muitos americanos com idade entre 53 e 62 anos. Dentro desse grupo, existe uma grande diferença em relação às economias para emergências. É entre os integrantes mais jovens da geração do Baby Boom que está a maior proporção de americanos — 32 por cento — que afirmam não ter nada economizado, mas a mesma porcentagem afirma que tem o suficiente para cobrir as despesas de pelo menos seis meses. Essas pessoas foram muito abaladas pelas crises financeiras recentes, disse McBride, o que provavelmente consumiu qualquer colchão financeiro. Quem conseguiu se manter empregado durante essas épocas difíceis, no entanto, continua tendo uma poupança guardada.

Em todos os EUA, a economia pessoal como porcentagem da renda pessoal disponível revela uma moderação maior. A proporção subiu um pouco e está muito acima dos níveis registrados em 2007. Ao mesmo tempo, a dívida nos balanços familiares vem crescendo. McBride diz que, depois da recessão, muita gente conseguiu fazer avanços sólidos em ir pagando dívidas ou em refinanciá-las. Agora, os americanos estão destinando mais dinheiro à poupança, mas também estão começando a aumentar o peso de suas dívidas.

“É quase um ciclo completo”, disse McBride. “As pessoas começaram a se sentir melhor em relação a seu nível de endividamento há vários anos, mas nos últimos 12 a 18 meses, as cargas de dívida voltaram a crescer, e o nível de conforto que as pessoas têm com sua dívida não está tão forte.”

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