Por Ben Bartenstein e Aline Oyamada com a colaboração de Katia Porzecanski e Maria Jose Valero.
Hedge funds podem estar apanhando na maioria dos cantos do mundo – sofrendo saques e sendo forçados a cortar taxas para manter os clientes. Mas há um lugar em que eles ainda estão lucrando bastante: os mercados emergentes.
Os fundos alavancados focados em países em desenvolvimento retornaram 14 por cento nos primeiros sete meses de 2017, de acordo com a Hedge Fund Research Inc, e estão a caminho de registrar o maior ganho anual desde 2009, quando retornaram 20 por cento em média. O desempenho deste ano é mais que o triplo do retorno de 3,7% registrado pelo índice benchmark de todos os hedge funds.
Ativos de mercados emergentes estão superando os de países desenvolvidos este ano devido ao crescimento econômico mais rápido e déficits em conta corrente menores, bem como taxas de juros baixas no Japão, Europa e EUA que tornam os ativos mais arriscados mais atraentes. Na primeira metade do ano, as ações de mercados emergentes registraram a melhor sequência de ganhos mensais desde 1993.
“Os hedge funds de mercados emergentes apresentaram uma performance tão forte neste ano em grande parte devido à busca por retorno”, afirmou Robert Rauch, administrador de recursos da Gramercy Fund Management, que ajuda a supervisionar US$ 5,8 bilhões. “Os títulos de mercados emergentes ainda são negociados a um spread muito mais alto que os títulos corporativos dos EUA em cada nível de rating. Do lado das ações, os papéis de emergentes ficaram para trás dos índices dos EUA por anos, então eles parecem relativamente baratos também”.
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