Por Jason Scott.
O medo de os australianos boicotarem uma pesquisa postal voluntária em todo o país para determinar se os parlamentares devem legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo talvez não tenha sentido, sugerem dados divulgados pela Comissão Eleitoral Australiana na sexta-feira.
Desde 9 de agosto, quando a pesquisa foi anunciada, mais de 90.000 pessoas se registraram no cadastro eleitoral. Um número recorde de australianos — pelo menos 16 milhões, ou 95 por cento dos habilitados — atualmente está registrado para votar. Isso pode aliviar as preocupações de alguns críticos da votação postal, que disseram que os australianos mais jovens e liberais, que raramente usam o correio na era da internet, poderiam não participar, ao contrário das gerações mais antigas e conservadoras, que cresceram na época das amizades por correspondência e das coleções de selo.
Ainda assim, alguns ativistas dos direitos dos homossexuais estão pedindo que a Corte Suprema determine a anulação da pesquisa, afirmando que ela está provocando uma onda de intolerância por parte dos ativistas contrários ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, como um cartaz que apareceu em Melbourne nesta semana. Eles querem que o primeiro-ministro Malcolm Turnbull leve em consideração apenas as pesquisas anteriores que, embora menos abrangentes, mostram que a maioria dos australianos apoia o casamento igualitário e que permita que os parlamentares votem sobre a questão.
Turnbull defendeu a pesquisa de 122 milhões de dólares australianos (US$ 96 milhões), afirmando que, se a maioria indicar que deseja a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, ele tentará regulamentá-lo até o fim do ano. Apesar disso, ele não pode forçar os conservadores de seu governo a votarem em apoio a essa legislação; alguns indicaram que não o farão, independentemente do resultado da pesquisa.
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