A indústria de polissilício da China, que responde por mais da metade da capacidade global, interrompeu cerca de 30 por cento de sua produção devido ao ritmo menor de instalações e à queda dos preços, segundo uma associação do setor.
Cerca de metade das 24 fabricantes do país interrompeu parcial ou totalmente a produção depois que o país modificou sua política sobre energia solar no mês passado, segundo Ma Haitian, vice-secretário-geral da divisão de silício da Associação da Indústria de Metais Não Ferrosos da China.
“Como os preços caíram muito rapidamente e a demanda do mercado diminuiu, provavelmente a melhor forma de evitar prejuízos seja paralisar as fábricas para manutenção”, disse ele, em entrevista, sem identificar as fornecedoras que suspenderam a produção.
As instalações solares perderam força e os preços da matéria-prima para a produção de células solares caíram quase um quarto a partir do final de maio depois que a China anunciou, no mês passado, que paralisaria algumas fábricas novas neste ano e reduziria a ajuda financeira às empresas desenvolvedoras, segundo dados da Bloomberg New Energy Finance.
A BNEF reduziu a projeção para instalações solares na China neste ano para de 30 a 42 gigawatts, contra uma estimativa anterior de pelo menos 47 gigawatts. A China adicionou 53 gigawatts de capacidade solar em 2017, um recorde.
Os preços do polissilício estão despencando e poderiam se recuperar no quarto trimestre, disse Ma. A produção interna de polissilício caiu cerca de 25 por cento de maio para junho, para 19.000 toneladas, segundo a associação.
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