Por Manuel Baigorri.
A Novartis está estudando a venda da divisão de medicamentos dermatológicos genéricos em meio à busca para se desfazer de alguns de seus tratamentos menos rentáveis e para se concentrar em áreas de crescimento, como a do câncer, segundo pessoas a par do assunto.
A divisão, baseada majoritariamente nos EUA, pode ser avaliada em US$ 1 bilhão a US$ 1,5 bilhão e atrair tanto empresas de private equity quanto outras farmacêuticas, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque as conversas são privadas. Entre os ativos colocados à venda há tratamentos para a pele e algumas unidades de fabricação, disseram as pessoas.
A Novartis trabalha com uma assessoria financeira na possível venda, que está em fase preliminar, disseram as pessoas. A decisão final não foi tomada e a empresa ainda pode resolver não vender, disseram as pessoas. Um representante da companhia com sede na Basileia, Suíça, preferiu não comentar.
A Novartis fechou acordo nesta semana para comprar a Advanced Accelerator Applications por cerca de US$ 3,9 bilhões em dinheiro, incorporando uma empresa radiofarmacêutica cujos medicamentos são usados para diagnosticar e tratar doenças como o câncer. A divisão de genéricos da gigante suíça, a Sandoz, está em dificuldades nos EUA devido à pressão dos preços. Em 24 de outubro, a empresa alertou que as vendas da unidade podem ter ligeira queda neste ano.
A Novartis construiu a divisão de dermatologia da Sandoz por meio de aquisições. A farmacêutica comprou a Fougera Pharmaceuticals, com sede nos EUA, por US$ 1,5 bilhão em 2012 em transação que a transformou na maior vendedora de medicamentos genéricos para a pele. No ano passado, a empresa adquiriu a marca de cuidados dermatológicos AmLactin da Upsher-Smith Laboratories, que tem sede em Minnesota, nos EUA, por um valor não divulgado.
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