Por Fabiola Moura.
Oi planeja uma oferta de ações de R$ 4 bilhões no segundo semestre, o que seria um marco crucial nos esforços tortuosos de reestruturação da dívida da companhia telefônica.
Primeiro, a Oi precisa implementar uma troca de dívida por ações com credores qualificados, um passo que a empresa espera completar neste trimestre, de acordo com um cronograma delineado em seu relatório financeiro do quarto trimestre registrado junto aos reguladores brasileiros. A empresa originalmente planejava reportar os resultados no fim do mês de março.
A Oi está no auge de um esforço para reduzir em cerca de 70% a dívida total de R$ 65 bilhões, diminuindo as obrigações que levaram a empresa à recuperação judicial há quase dois anos. Em março, a cia. adiou divulgação dos resultados trimestrais e anunciou uma baixa contábil de R$ 21 bilhões, relacionada a itens como provisões de Imposto de Renda Diferido, e à baixa de ativos relativos a depósitos judiciais e passivos regulatórios, entre outros.
“A conversão da dívida vai trazer o passivo da empresa para R$ 19 bilhões”, disse o diretor-presidente Eurico Teles em entrevista. “O valor de mercado saltará de R$ 3,5 bilhões para algo próximo a R$ 15 bilhões, colocando a empresa em um outro patamar”.
A companhia disse na quarta-feira que recebeu a lista final de credores e suas respectivas opções de pagamento, em um sinal de que a maior reestruturação da dívida corporativa do Brasil está se desenrolando conforme o planejado. Se todos os credores qualificados trocarem suas dívidas por ações, conforme indicado no relatório, a diluição dos acionistas atuais seria de 72%, de acordo com o comunicado. A porcentagem final dependerá da participação no aumento de capital.
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