Peru: Ameaça de rebaixamento para ‘fronteira’ estimula saída de ETFs

Por Roger Oey.

O mercado de ações do Peru caiu 30 por cento até agora este ano, tornando-se o pior desempenho na América Latina. A queda nas commmodities é responsável por parte disso, mas um grande influência negativa deve ser a proposta da Morgan Stanley Capital International (MSCI) em reclassificar o Peru como um mercado de fronteira.

Desde 13 de agosto – quando a MSCI disse que poderia rebaixar o Peru, dado sua reduzida liquidez – o mercado de ações caiu 12 por cento. O cobre, que tem mantido uma correlação estreita com mercado de capitais do Peru desde no ano passado, ganhou 2 por cento no mesmo período.
 

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Desde o anúncio da MSCI, os iShares MSCI All Peru ETF tiveram uma saída equivalente a 42,5 por cento, maior valor registrado entre os íShares da América Latina (ILF) ETFs. Este é significativamente a maior proporção de saídas que a LatAm tinha visto ao longo dos últimos três anos.
Os US$ 133 milhões de iShares de ETF do Peru são os maiores desse mercado, enquanto ILF estão no valor de US$473 milhões.

MSCI está esperando para tomar uma decisão até 30 de setembro, e a mudança seria implementado até novembro. Fundos mútuos e ETFs que acompanham o MSCI índice de mercados emergentes seria vendedores prováveis de ações peruanas. Lá poderia ser o interesse de compra de dedicado investidores do mercado de fronteira, mas o efeito seria negativo dado o relativa tamanho desses mercados.
 

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De acordo com Credicorp, a maior empresa de serviços financeiros do Peru, um downgrade pra fronteira pelo MSCI pode desencadear uma saída de US$ 1,5 bilhões. Isso provavelmente levaria um período de 60 dias, com base nos volumes de negociações recentes.

Isto vem em um momento já difícil para ações peruanas, dadas as suas ligações com China, seu principal parceiro econômico. As exportações com os chineses representa 22 por cento do PIB nominal, contra 12 por cento do Brasil.

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