Por Denyse Godoy.
A ação da Raia Drogasil, maior rede de farmácias do Brasil, teve o melhor desempenho do mercado nos últimos dois anos, mas é uma de suas concorrentes que oferece a maior perspectiva de ganhos, na opinião dos investidores.
A Profarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos teve um crescimento de mais de 24 por cento nos lucros anuais entre 2012 e 2015. Em 2013, a companhia, que era apenas distribuidora de medicamentos, adotou a mesma estratégia da Raia Drogasil de abrir lojas físicas. Assim, a Profarma, que tem sede no Rio de Janeiro, deverá registrar uma elevação adicional de 22 por cento em seus resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) neste ano, segundo Guilherme Assis, analista do banco de investimento Brasil Plural.
As redes de farmácias estão mostrando resiliência em meio à crise econômica brasileira. Tanto a Profarma quanto a Raia Drogasil continuam expandindo seus pontos de venda mesmo com a desaceleração da atividade pelo segundo ano consecutivo. Depois de ficar abaixo do desempenho das ações da rival Raia Drogasil em 2015, neste ano os papéis da Profarma acumulam alta de 112 por cento, ante 69 por cento da Raia. Além disso, com uma relação entre preço da ação e lucro estimado que é hoje metade da apresentada pela Raia Drogasil, a Profarma mostra mais espaço para crescer, diz Adeodato Volpi Netto, chefe de mercado de capitais da Eleven Financial Research.
“A Profarma está inteligentemente alterando seu modelo de negócios para focar no varejo, abrindo lojas em cidades onde o consumo de medicamentos é maior”, disse Volpi Netto em entrevista em São Paulo. “A estratégia é positiva para o negócio de distribuição de remédios também, pois não precisa imobilizar muito do seu caixa em estoque”.
Os três analistas que cobrem a Profarma recomendam a compra da ação. Entre os 16 que acompanham a Raia Drogasil, sete lhe dão a mais alta recomendação e o restante recomenda manter. A Raia Drogasil acumula alta de 180 por cento nos últimos dois anos, desempenho que contrasta com a queda de 25 por cento da Profarma no mesmo período.
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