Por Christoph Rauwald, Aaron Kirchfeld, Ania Nussbaum e Siddharth Vikram Philip.
A PSA Group está perto de um acordo para adquirir a Opel, unidade da General Motors, e criar a segunda maior fabricante de veículos da Europa. É possível que o acordo saia no começo da semana que vem, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
Ambas as empresas pretendem continuar negociando intensamente durante o fim de semana com o objetivo de anunciar o fechamento do negócio na segunda-feira, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque o plano não é público. A complexidade das negociações poderia provocar um atraso, disseram as pessoas.
Em um sinal de avanço das negociações, houve uma tentativa de programar uma reunião entre a diretoria da PSA e líderes de sindicatos europeus para a semana que vem, disse uma das pessoas. A PSA confirmou a possível reunião com sindicalistas, mas afirmou que o encontro poderia ser cancelado ou adiado, acrescentando que as discussões estavam em andamento e que as fabricantes de veículos não definiram um cronograma. Um porta-voz da unidade europeia da GM preferiu não comentar.
Um dos principais pontos negociados é como a PSA poderá atingir cerca de 2 bilhões de euros (US$ 2,1 bilhões) em economias com o acordo, disse uma das pessoas. A economia poderia ser alcançada em grande parte por meio de possíveis reduções futuras de capacidade e com aquisições conjuntas, compartilhamento de mais peças e redução de despesas fixas, disseram as pessoas.
O presidente da PSA, Carlos Tavares, planeja reanimar as deficitárias marcas Opel e Vauxhall, da GM, com uma reestruturação similar ao seu projeto que recuperou os carros da Peugeot e da Citroën nos últimos três anos. A Opel, que tem sede perto de Frankfurt, poderia em contrapartida servir como motor de crescimento, com potencial de expansão além de sua região natal, um papel que era limitado sob propriedade da GM, disse Tavares na semana passada.
As ações da GM subiram 0,9 por cento em Nova York na quinta-feira.
O volume de vendas é fundamental no segmento do mercado popular da Europa, bastante saturado, e a adição de cerca de 1,2 milhão de unidades vendidas anualmente pela GM na região ajudaria a PSA a distribuir o custo do desenvolvimento de novos carros e motores entre um número maior de veículos.
Outro tópico das negociações é como a GM e a PSA vão administrar o plano de pensão dos aposentados da Opel, disseram pessoas familiarizadas com as discussões. O programa tem um déficit de financiamento de cerca de US$ 9 bilhões, segundo dados compilados pela Bloomberg. Entre as demais questões complexas a serem resolvidas estão as tarifas de licenciamento da tecnologia usada nos carros Opel e os planos para reduzir a capacidade de produção.
Para conseguir apoio para a transação, os executivos da PSA vêm viajando pela Europa para se reunir com sindicalistas e políticos e garantir a eles que os trabalhadores e as fábricas de produção da Opel serão protegidos. A França e a Alemanha enfatizaram a importância de preservar empregos e fábricas nos dois países e pediram que a PSA traduza o crescimento futuro em segurança de emprego a longo prazo.
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