Por Sarah Ponczek.
A fatia da dívida nacional dos EUA de cada recém-nascido, atualmente, mais do que dobra o montante dos anos 1990.
Nos últimos 35 anos a dívida nacional per capita aumentou com cada presidente americano. Com Bill Clinton, a dívida cresceu ao ritmo mais lento — com aumento líquido de 1,4 por cento ao longo de seus dois mandatos. Após reduzir o ritmo da dívida pública em seu primeiro mandato, ele a encurtou no segundo.
Segundo a lei atual, a dívida por pessoa ajustada pela inflação nos EUA deverá chegar à marca de US$ 66.000 em abril de 2026, com base em cálculos da Bloomberg sobre dados do Escritório de Orçamento do Congresso e do Escritório do Censo do país.
E então, como seria o caminho da dívida em uma presidência de Hillary Clinton ou de Donald Trump? Bastante desanimador em ambos os casos, segundo relatório divulgado pela entidade Comitê para um Orçamento Federal Responsável. Embora o comitê seja apartidário, ele tem uma inclinação política sobre solução do problema da dívida nacional e a melhora da maneira como o orçamento é desenvolvido.
O comitê projeta que a dívida aumentará US$ 9 trilhões na próxima década sob a lei atual. As propostas econômicas apresentadas por ambos os candidatos presidenciais aumentariam a dívida nacional e a de Trump ainda mais que a de Hillary. O relatório estima que as políticas de Hillary ampliariam a dívida nacional em US$ 200 bilhões na próxima década e que as propostas de Trump a aumentariam em US$ 5,3 trilhões.
“Esses grandes aumentos da dívida ressaltam a importância de os candidatos levarem o problema da nossa dívida atual muito a sério em vez de simplesmente apresentarem formas de cobrir os custos de suas novas iniciativas”, afirmou o comitê no relatório. Para restaurar a dívida nacional a um nível sustentável, seria “necessária uma combinação de aumento de receita, cortes de gastos e reformas do regime de direitos sociais”.
Entre em contato conosco e assine nosso serviço Bloomberg Professional.