Necessidades de investimento em energia sob os cenários de descarbonização da AIE e do IPCC
Enquanto os formuladores de políticas se esforçam para controlar as emissões mundiais de CO2, o debate gira em torno de quanto capital será necessário para apoiar uma transição rápida, porém tranquila, da dependência de combustíveis fósseis para fontes mais limpas. As comunidades financeiras, empresariais e de formulação de políticas não concordam com os investimentos em energia compatíveis com as “trajetórias” rumo a meta de 1,5°C do Acordo de Paris. Este trabalho examina o volumes de dólares potencialmente aceitáveis sob quatro dos cenários mais proeminentes do Acordo de Paris no mundo.
Embora muitos tenham preparado cenários de longo prazo, enfatizamos aqui quatro caminhos produzidos ou avaliados pelos principais órgãos intergovernamentais, a Agência Internacional de Energia (AIE) e o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Extrapolando a partir de três cenários do IPCC e um cenário da AIE, a BNEF estima investimentos necessários de US$ 1,1 até US$ 1,8 trilhão por ano até 2030. Até 2050, as necessidades de capital variam de US$ 0,6 até US$ 1,7 trilhão/ano.
A maioria dos investimentos em combustíveis fósseis vai para a manutenção da infraestrutura de distribuição e consumo, necessária para garantir uma transição tranquila para fontes mais limpas. O petróleo é o que mais recebe investimentos, seguido pelo gás natural. O carvão está muito, muito atrás, caindo quase a zero logo após 2030 – o que significa que cessará essencialmente, exceto para a manutenção de instalações existentes.
Os investimentos em energias renováveis variam, mas representam cerca de 75% dos investimentos no fornecimento de eletricidade. Os investimentos até 2030 variam de US$ 0,7 até U$ 1,0 trilhão. Até 2050, a faixa de investimento anual em diferentes cenários varia de US$ 0,3 até US$ 1,0 trilhão, que reflete os caminhos divergentes que cada cenário segue para atingir a meta de 1,5°C.
O relatório pode ser encontrado aqui.