Risco da IA aumenta para os bancos dos EUA à medida que surgem questionamentos

Análise feita por Nathan R Dean, analista sênior de governo da Bloomberg Intelligence. Exibido antes no Terminal Bloomberg.

Uma solicitação de informações feita em 6 de junho pelo Departamento do Tesouro americano sobre como a inteligência artificial está sendo usada nos serviços financeiros é um indicativo da abordagem que os reguladores estão adotando em relação à nova tecnologia. O risco de fiscalização sempre existe — os reguladores querem garantir que os bancos estão cumprindo as regulações existentes —, mas regras gerais para IA provavelmente ainda não vão existir nos próximos 1 a 2 anos.

Nossa tese: orientações e solicitações dos reguladores dos EUA sobre as relações entre bancos, inteligência artificial e empresas terceirizadas são um passo inicial na avaliação das fintech e da IA pelos reguladores. Embora as orientações e solicitações possam reduzir o risco de execução, o uso bancário tanto de tecnologia financeira quanto de IA estão na mira dos reguladores. Acreditamos que tais custos, pelo menos no curto prazo, são imateriais.

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O que está em jogo para os bancos?

Alguns custos de compliance e mais clareza.

O escrutínio regulatório dos EUA — incluindo as orientações do Fed de 2023 sobre como os bancos devem gerenciar o risco associado a empresas terceirizadas, incluindo as fintechs — provavelmente não levará a um aumento significativo dos custos no curto prazo. Os reguladores continuam nos estágios iniciais da supervisão do uso de IA e fintechs no setor bancário, como evidenciado por uma solicitação de mais informações do Tesouro americano em junho. Os credores terão mais clareza com as orientações, pois serão pressionados a aumentar o escrutínio de seus relacionamentos. A vigilância também deve proporcionar uma proteção contra a exposição a penalidades. No passado, os reguladores tomaram ações contra os bancos por práticas de gestão de risco de má qualidade em suas relações com fintechs.

Qual é o problema?

Controle regulatório do uso de IA bancária.

À medida que o uso de inteligência artificial entre os serviços financeiros aumenta, o mesmo acontece com a fiscalização e controle regulatório por parte dos reguladores prudenciais dos EUA — Fed, FDIC e OCC (Office of the Comptroller of the Currency). Todos estão nos estágios iniciais de análise dos impactos do uso de parcerias com fintechs e IA, e começaram a se envolver com o setor sobre esses possíveis riscos recentemente. Por isso, acreditamos que nenhuma nova regra ou regulação será criada em 2024 ou 2025, mas os reguladores garantirão que qualquer uso ou produto — como os empréstimos algorítmicos — estejam em concordância com as regulações existentes. Tal escrutínio provavelmente aumentará os custos de compliance, mas permanecerá em valores gerenciáveis para o setor.

O que mais?

Orientações para terceiros.

Os novos princípios divulgados em 2023 pelos reguladores bancários dos EUA apontam certos princípios que os bancos podem usar ao gerenciar os riscos associados a grupos e empresas terceirizados. As recomendações, que não são vinculativas e não impõem novos requisitos aos bancos, são projetadas para trazer padronização ao setor e aumentar a conscientização sobre os riscos associados a empresas que podem não ter a mesma quantidade de recursos dedicados à gestão de risco. Elas também permitem que os reguladores identifiquem as armadilhas em seus processos de fiscalização se virem relacionamentos com terceiros, especialmente empresas do setor de fintechs, que não estão seguindo as práticas prescritas.

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