Por Jungah Lee.
A Samsung Electronics usará sua crise mais recente como catalisador para um novo começo no momento em que a companhia enfrenta numerosos riscos pelos quais nunca passou antes.
A economia global não mostra nenhum sinal de recuperação e a Samsung precisa focar na inovação para fortalecer a competitividade, disse o co-CEO Kwon Oh-hyun em comunicado, na terça-feira.
A Samsung está envolvida em uma crise desde que seus smartphones Note 7 começaram a pegar fogo logo após o lançamento, em agosto. A companhia emitiu um recall global e depois tirou seu principal modelo do mercado. O custo estimado do episódio é de mais de US$ 6 bilhões.
“A última crise nos fez olhar para nós mesmos e pensar que talvez tenhamos nos tornado complacentes e serviu de impulso para um novo começo”, disse Kwon a 400 funcionários no 47º aniversário de fundação da empresa de eletrônicos. “Devemos continuar estimulando a inovação para fortalecer nossa competitividade e liderança tecnológica.”
Kwon exortou a companhia a desenvolver um sistema de gerenciamento de crises completo para poder responder melhor aos problemas.
Os comentários de Kwon surgem menos de uma semana após Lee Jae-yong, herdeiro da família fundadora que controla o grupo Samsung, entrar oficialmente no conselho da fabricante de telefones, formado por nove pessoas. A jogada dá ao discreto executivo, também conhecido como Jay Y., um poder maior sobre decisões de gestão e estratégicas, como reestruturações, fusões e vendas de ativos.
Na semana passada, a Samsung reportou uma queda de 17 por cento no lucro do trimestre encerrado em setembro como consequência do recall. A companhia com sede em Suwon, na Coreia do Sul, afirmou que o Note 7 afetaria os lucros da empresa no último trimestre deste ano e no primeiro trimestre de 2017.
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