Por Fabiola Moura.
Em uma série de reuniões pelo mundo, o governo brasileiro está tentando atrair empresas de telecomunicações interessadas em comprar capacidade do seu satélite de R$ 2,7 bilhões lançado recentemente.
A estatal Telecomunicações Brasileiras SA, conhecida como Telebras, está fazendo apresentações em São Paulo na quinta-feira, e em Londres e Nova York na próxima semana, para promover uma licitação prevista para agosto de lotes de capacidade da banca Ka do satélite geoestacionário lançado em maio.
Os licitantes terão acesso a frequências que podem ajudá-los a fornecer internet de banda larga a 6 milhões de residências e negócios em partes remotas do Brasil. Os vencedores poderiam fornecer serviços em vôos para companhias aéreas, ou trabalhar com mineradoras, agronegócios ou concessionárias de rodovias.
“Para o investidor, é a oportunidade de encontrar um projeto pronto, com disponibilidade imediata, para operacao imediata e portanto com resultados imediatos”, o Ministro das Comunicações Gilberto Kassab disse em uma entrevista por telefone. “Estou muito confiante que não vão faltar empreendedores para tocar este projeto”.
Além das freqüências que estão sendo licitadas, destinadas a empresas privadas, a Telebras operará outra parte do espectro do satélite, reservado pelo governo para fornecer banda larga para escritórios do governo , escolas públicas, hospitais e postos de monitoramento de fronteiras.
O satélite, lançado na Guiana Francesa em maio, tem uma vida útil de 18 anos. Foi construído pela Visiona Tecnologia Espacial, uma joint venture da Telebras com a Embraer SA.
O leilão é o último passo no plano de negócios do governo para o satélite, tornando a operação viável, disse Kassab. O governo não estabeleceu um preço mínimo para as freqüências.
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