Por Daniele Lepido.
A Telecom Italia SpA discutiria um acordo com o bilionário Mikhail Fridman para uma fusão no Brasil apenas se a empresa italiana de telefonia ficasse com o controle da entidade combinada, segundo duas fontes informadas sobre o assunto.
A TIM Participações SA, pertencente à operadora italiana, poderia estar disposta a iniciar negociações com a empresa holding de Fridman, a LetterOne, para estudar uma fusão com a Oi SA, uma concorrente brasileira de menor porte, mas apenas se a Telecom Italia fosse dona de 51 por cento da nova empresa, disseram as fontes, que pediram anonimato porque as discussões não são públicas. Uma condição fundamental para um negócio no Brasil é contar com um marco regulatório claro, disse o CEO da Telecom Italia, Marco Patuano, a repórteres no mês passado.
Na semana passada, a Telecom Italia rejeitou uma promessa de investimento de US$ 4 bilhões na Oi feita por Fridman porque a empresa italiana teria apenas cerca de 35 por cento da entidade combinada, enquanto a LetterOne ficaria com a maior parcela, disse uma das fontes.
Um porta-voz da Telecom Italia preferiu não comentar o assunto.
A empresa de Fridman e a Oi fecharam acordo por um período de exclusividade de sete meses com o objetivo de facilitar uma fusão da operadora brasileira de telefonia com a TIM, disse a empresa com sede no Rio de Janeiro em um fato relevante, em 30 de outubro. A LetterOne disse nesse comunicado que está estudando, juntamente com a Oi, propostas de estruturação e opções de financiamento que permitiriam que a Oi participasse de uma consolidação.
A TIM, segunda maior operadora de telefonia celular do Brasil, está focada em ganhar participação de mercado aumentando seus serviços de banda larga móvel. Em julho, a empresa nomeou Pietro Labriola diretor de operações e no início desta semana deu início a um novo serviço móvel que permite que os assinantes telefonem para números de outras operadoras sem a cobrança de taxas extras.
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